Autor(a): Paulo  Henrique de Oliveira Lopes
            Orientador(a): Antonio Adami
            Data da defesa: 07/03/2005
          Resumo: Trata-se de um estudo sobre o Show de Rádio, importante programa  radiofônico que fez enorme sucesso nas décadas de 70 e 80,  principalmente nas emissoras Panamericana S/A (Jovem Pan AM) e Rádio  Bandeirantes AM em São Paulo. O programa foi idealizado por Estevam  Sangirardi para ser intimamente ligado ao futebol e, seus personagens, foram criados para representar os torcedores dos principais times  paulistas com seus trejeitos e manias, alegrias e tristezas, vitórias e  derrotas.
            Esta dissertação apresenta-se em dois capítulos. O primeiro conta um  pouco da história do humor no rádio em São Paulo e Rio de Janeiro,  analisando pelos principais programas humorísticos, numa relação  cronológica desde o surgimento do meio, passando por fatos históricos e  pitorescos, personagens, idealizadores e realizadores.
            No segundo capítulo, faz-se uma análise do programa Show de Rádio:  perfil do seu idealizador, ligação do programa com as transmissões  esportivas, personagens, linguagem, quadros e curiosidades.
            Concluímos que o humor no rádio era vetor que unia futebol, o cidadão  comum na cultura popular. O rádio, neste sentido, é o meio de  comunicação ideal para estas relações.
          Palavras-chave: Humor no  Rádio. Humor. Rádio. Show de Rádio. Comunicação.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Cultura e Memória.
        
        
          
          Autor(a): Daniela Delgado
            Orientador(a): Juan Droguett
            Data da  defesa: 24/03/2005
          Resumo: Mídia e  moda, encenações de um espetáculo situa  o dialogo interdisciplinar entre os meios de comunicação social e a  moda como objeto de estudo desta dissertação, no contexto da cultura  midiática, identificando a moda como fenômeno social, declinado na  produção televisiva, através de uma linguagem audiovisual,  espetacularizando as formas da produção cultural: o imaginário, o  simbólico e o real. São analisados três desfiles representativos das  tendências da moda atual: As mil e uma noites de John Galliano, O espetáculo efêmero de  Victoria’s Secret e Os efeitos do real de Jum Nakao.
          Palavras-chave: Mídia. Moda. Espetáculo. Linguagem. Televisão.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Moda,  Comunicação e Cultura.
        
        
          
          Autor(a): Eduardo dos Santos Natário
            Orientador(a): Solange Wajnman
            Data da  defesa: 14/04/2005
          Resumo: Esse  trabalho realiza uma análise da interface do Controle Remoto da  televisão e da interatividade a partir da evolução das características  tecnológicas desse meio.
            A hipótese dessa pesquisa é de que o  Controle Remoto é uma variável importante para a composição da imagem  da televisão e de que ele contribui para tornar a programação da TV  mais fragmentada, interativa e a imagem mais desreferencializada.
            Para analisar a evolução das interfaces interativas, são relacionados  os mediadores do acesso à distância, como telefone, controle remoto e  Internet que trabalham junto à TV. Percebemos o Controle Remoto como  algo que se acopla ao nosso sistema nervoso central e amplia, não  apenas na visão da máquina como prótese, mas como algo extensor dos  nossos sentidos.
            Privilegiamos as interfaces que compõem a interatividade nas diferentes  fases da TV, desde a primeira televisão eletrônica de 1927 até as  evoluções tecnológicas do início desse século. Abordamos o Controle  Remoto tanto do ponto de vista conceitual quanto em relação à sua  materialidade, pesquisando o contexto da digitalização, da  interatividade, do hibridismo tecnológico e da convergência como Totem  do atual contexto comunicacional, pois é principalmente através dele  que a interatividade é proporcionada.
          Palavras-chave: Interatividade. Controle Remoto. Televisão.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Moda,  Comunicação e Cultura.
        
        
          
          Autor(a): Renata Valéria Calixto
            Orientador(a): Juan Droguett
            Data da  defesa: 20/04/2005
          Resumo: A voz do  adolescente do interior – um estudo da linguagem e da influência da mídia em São José do Rio Pretotrata da produção linguística e cultural desta parcela da população do  interior paulista, telespectadora da mídia televisiva. A imagem do  adolescente é constituída a partir de fenômenos da fala e da língua,  que nesse espaço adquirem uma fisionomia própria, uma variante em que o sotaque resulta um traço identitário  desta sociedade no contexto da cultura dos meios de comunicação social.
          Palavras-chave: Adolescente. Mídia Televisiva. Contexto Midiático.  Linguagem. Sotaque do Interior.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos  Sociais.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e Cultura.
        
        
          
          Autor(a): Carla Montuori
            Orientador(a): Antonio Adami
            Data da  defesa: 02/05/2005
          Resumo: O presente trabalho tem por objetivo realizar um  estudo de caso do Jornal Nacional,  com o intuito de identificar os possíveis mecanismos utilizados por  esse noticiário na conquista da audiência. Retomando alguns  acontecimentos que marcaram a trajetória histórica do telejornal e, por  meio de uma análise das edições atuais, demonstraremos como a estrutura  noticiosa do JN orienta-se a partir de interesses  políticos e econômicos.
            Com base na visão semiótica de Charles Sanders Pierce, estudaremos  ainda os efeitos receptivos do cenário de apresentação e dos  apresentadores do Jornal Nacional,  verificando com os elementos ali presentes contribuem para a construção de um  vínculo com o telespectador.
           Palavras-chave: Comunicação. Telejornalismo. Audiência. Notícia. Jornal  Nacional.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Cultura e Memória.
        
        
          
          Autor(a): Daniela Baroni
            Orientador(a): Antonio Adami
            Data da  defesa: 31/05/2005
          Resumo: O  resumo desenvolve uma pesquisa qualitativa em três programas de jornal  impresso para escola. Tal iniciativa é tomada por empresas  jornalísticas que visam a conquistar um novo mercado, definido como  público escolar. Para isso, realizam guias didáticos, também  denominados produtos midiáticos, sempre de acordo com a realidade  cultural de cada país. Sendo assim, o trabalho inicia-se com um  recorrido histórico desses projetos, ao mesmo tempo em que pretende  apontar como, quando e porque se estabelecem dessa maneira. Após o  entendimento da atividade educativa como um processo, desenvolvida a  partir da cultura midiática, a pesquisa caminha para uma discussão  teórica e busca verificar se o conteúdo observado nos guias está de  acordo ou não com o que se evoca para a comunicação e educação do  futuro.
          Palavras-chave: Comunicação. Jornal na Escola. Cultura Midiática.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Cultura e Memória.
        
        
          
          Autor(a): Vera Maria de Vilhena Moraes Nogueira
            Orientador(a): Eunice Vaz Yoshiura
            Data da defesa: 02/06/2005
          Resumo: Partindo das premissas de que as informações estão  globalizadas pelos mass media,  de que vivemos num país com uma diversidade cultural marcante e com a  obrigatoriedade por lei, da presença da TV regional, criada para  valorizar as identidades regionais, propõe-se a análise da programação  de uma televisão local, com relação à preservação da identidade  cultural. Foi escolhida a TV Beira Rio de Piracicaba, devido ao  marcante hibridismo cultural e à forte tendência heteroglótica e  heterofônica, gerada pelos fluxos migratórios da cultura da cana de  açúcar e das universidades estaduais ali instaladas. As categorias para  análise foram levantadas com referência nos estudos culturais e, em  especial, no dialogismo de Bakhtin – principalmente no período em que  se posiciona criticamente com relação à linguística estrutural e à  poética formalista – na concepção de identidade de Stuart Hall e no  processo de hibridismo referido por Canclini. Como resultados, são  identificados elementos caracterizadores da identidade da cultura local  na programação analisada.
          Palavras-chave: Televisão Regional. Identidade. Cultura Local.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos  Sociais.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Cultura  Midiática e Turismo.
        
        
          
          Autor(a): Fernando Pereira da Silva
            Orientador(a): Anna Maria Balogh
            Data da  defesa: 03/06/2005
          Resumo: No  dia-a-dia, ao apreciarmos uma novela na televisão, não nos damos conta  e nem damos importância a um elemento fundamental na elaboração desse  produto midiático: a luz. Câmeras de vídeo, assim como de cinema e de  fotografia, são meios de captar a luz. Conhecer a luz e entendê-la,  estudar como os mestres da pintura lidaram com ela e como ela se  comporta tecnicamente é imprescindível para quem trabalha com a criação  e elaboração de imagens, pois trata-se de ingrediente-chave da  percepção visual, na orientação de tempo e espaço, além de afetar  nossas emoções.
            Um bom roteiro, com tramas e argumentos bem  delineados, não basta para envolver completamente o espectador. É  necessário ter a noção exata de que a criação de ilusões visuais é  fundamental para que despertem no receptor sensações e emoções já  vivenciadas por ele, ou ainda que possam surpreendê-lo de forma  agradável. Para que esse objetivo seja alcançado, a iluminação bem  trabalhada de personagens e cenários é fundamental.
            A telenovela Cabocla, da  Rede Globo de TV e aqui analisada, é um bom exemplo de qualidade da  imagem televisiva ofertada ao telespectador brasileiro nos dias de  hoje. Um dos elementos para essa qualidade foi a luz empregada nas  gravações, luz essa que tratamos ao longo dessa dissertação de mestrado.
          Palavras-chave: Luz. Iluminação. Televisão. Cinema. Fotografia. Imagem.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia  e Cultura.
        
        
          
          Autor(a): Quitéria Melo de Lima
            Orientador(a): Haydée Dourado
            Data da defesa: 09/06/2005
          Resumo: Este  trabalho busca entender as relações que a comunidade do quilombo de  Ivaporunduva estabelece com a mídia e de que forma essas relações são  articuladas. Os processos de comunicação utilizados pela comunidade  foram analisados com base nos fundamentos de Stuart Hall.
            Usamos,  ainda, como base, referenciais teóricos de um quadro interdisciplinar  que considera contribuições de teóricos da comunicação, antropologia e  história.
            Em Ivaporunduva, no Vale do Ribeira-SP, existe uma comunidade  remanescente de escravos que, apesar de viver relativamente isolada nos  contrafortes da Serra do Mar, organiza-se e estabelece relações com  representantes da cultura midiática que sobem o Rio Ribeira de Iguape  para encontrá-la. Mantém uma verdadeira “central de comunicação” com  computador, fax, telefone, ligados à Internet em pleno interior da Mata  Atlântica. Esta dissertação pesquisa de que modos a mídia notícia o  quilombo e as formas utilizadas pela comunidade em suas relações com a  mídia.
          Palavras-chave: Comunicação. Cultural Regional. Processos  Comunicacionais. 
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos  Sociais.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia  e Cultura.
        
        
          
          Autor(a): Mônica  Buratto
            Orientador(a): Bárbara Heller
            Data da defesa: 13/06/2005
          Resumo: O  imaginário cultural pode ser compreendido como um fenômeno que se  processa na mente individual e se desenvolve por meio das  representações simbólicas oriundas do meio cultural e social,  construídas historicamente.
            O cinema constitui-se em um suporte  onde o imaginário do indivíduo encontra terreno para ser estimulado,  pois expressa símbolos e signos que já foram incutidos, anteriormente  na mente do espectador.
            No  filme Brava Gente Brasileira é possível encontrar, nos personagens e ambiente, imaginários  identificados com simbologias, crenças e mitos relacionados com a  história e alegorias dos exploradores portugueses do século XVIII e dos  indígenas Guaicurus.
          Palavras-chave: Imaginário  Cultural. Cinema. Viajantes. Símbolos.  Cultura.
            Área de Concentração: Comunicação  e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia  e Cultura.
        
        
          
          Autor(a): Quelen Cristina Torres Pedro
            Orientador(a): Antonio Adami
            Data da defesa: 16/06/2005
          Resumo: A  cada dia novas técnicas e parâmetros são introduzidos para determinar e  construir a beleza feminina. A mudança no padrão de beleza feminino nas  últimas quatro décadas do século XX e início do século XXI, a forma  como a mídia – em especial a revista Cláudia – e a propaganda interagem  neste processo foram analisados neste trabalho.
            O método utilizado  foi à pesquisa qualitativa, especificamente o estudo de caso,  considerando-se as edições da revista Cláudia, publicadas no período de  1961 a 2001. Os textos e as imagens sobre beleza, bem como as  propagandas de lingerie, foram  enfocados por evidenciarem o corpo feminino, objeto desta análise.
          Palavras-chave: Mulher. Beleza Feminina. Corpo Feminino. Mídia  Impressa. Propaganda de Lingerie. Revista  Claudia.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos  Sociais.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Forma, Imagem e Corpo.
        
        
          
          Autor(a): Ana Maria Chagas
            Orientador(a): Solange Wajnman
            Data da  defesa: 23/06/2005
          Resumo: Este  trabalho pretende mostrar estudos e investigações exploratórias sobre a  evolução do uso de veículos de comunicação, nos 20 anos de atividades  do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) na Antártica, dando  ênfase às questões de comunicação envolvidas na sociabilidade e no  conhecimento científico, entre pesquisadores e técnicos que habitam a  Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).
            A dissertação historiciza o uso dos meios comunicacionais dessa nova  comunidade que se diferencia pelo próprio ambiente onde vive, quanto  aos veículos de comunicação que foram introduzidos gradativamente, no  período de 1984 a 2004, tais como: junção-rádio, diários, cartas,  fotografia, telefone, fax, TV, Internet e webcâmera.
            Ao final, as reflexões indicam que os meios estudados possibilitaram  que a comunicação evoluísse, de forma a desenvolver abertura para novas  possibilidades de convívio humano, otimizando tanto a vida profissional  como a familiar, dentro daquela comunidade.
          Palavras-chave: Antártica. Comunicação. Sociabilidade.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e Cultura.
        
        
          
          Autor(a): Sandra Pereira de Souza
            Orientador(a): Juan Droguett
            Data da  defesa: 24/06/2005
          Resumo: Imagens  de fé e de paixão no cinema tratam da crise do sujeito contemporâneo  que se reflete no imaginário cultural de nossos dias. Toma como suporte  midiático o filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, para  demonstrar como esta figura crucial na história da humanidade atrai os  espectadores em torno do tema do sacrifício e da culpa coletiva  representada na trama narrativa.   Estabelece um percurso das obras  cinematográficas que tentaram recriar o universo sagrado da fé, por  meio da personagem que vive até as últimas consequências a paixão pelo  ser humano. A originalidade do cineasta, que lhe valeu o êxito na  mídia, é transformar o eixo da paixão em um espetáculo de massa.
          Palavras-chave: Cinema. Filmes. Cultura Midiática. Fé. Paixão.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e Cultura.
        
        
          
          Autor(a): Marcus Ramúsyo de Almeida Brasil
            Orientador(a): Haydée Dourado de Faria Cardoso
            Data da  defesa: 29/06/2005
          Resumo: Na  atualidade, os fenômenos culturais revelam-se significativos nos  diversos modos de configuração social – bairro, cidade, estado, país –  e passam a requerer estudos específicos acerca dos questionamentos que  causam e dos fatos que provocam, tendo em vista as influências,  interferências e mudanças que os meios de comunicação de massa realizam  na cotidianidade.
            A pesquisa analisa as matrizes históricas do  movimento reggae em São Luis do Maranhão, gênero musical advindo da  Jamaica, na década de 1960 e que chegou ao Maranhão em meados de 1970 e  estremeceu os salões de festa, alastrando-se pelas ruas e mídias da  capital maranhense, caracterizado pelo groove rítmico – harmônico do duo  contrabaixo/bateria e marcado na cadência contínua da guitarra. 
            O trabalho tem como objetivo a realização de uma prospecção para  descobrir como e por que um fenômeno cultural dessa amplitude atingiu  primordialmente uma cidade, um microcosmo, dentro de um país  continental como o Brasil, e quais os papéis representados pela mídia  neste processo singular.
            A investigação tem o referencial teórico calcado em pensadores que  refletem sobre as novas relações sociais, questões de  desterritorialização, transnacionalização e multiculturalismo que estão  no centro das atuais discussões acadêmicas. Teóricos como: Nestor  Garcia Canclini, Jesus Martin-Barbero, Muniz Sodré, Stuart Hall, entre  outros, foram de preponderante importância para nosso estudo, por terem  como objeto de pesquisa recortes de estratos de grupos sociais menos  favorecidos, com condições desiguais de realizações culturais, em  relação a outros grupos hegemônicos.
            O estudo pretende iniciar um diálogo para verificar os fatores que  propiciam o crescimento e a consolidação do consumo de reggae em São Luís – MA, os possíveis padrões de identidade cultural presentes na  divulgação e consumo dessa manifestação cultural, assim como a  influência das mídias nesse processo.
          Palavras-chave: Cultura Popular. Música. Comunicação.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos  Sociais.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação,  Cultura e Memória.
        
        
          
          Autor(a): Vitor Paulo Palacin
            Orientador(a): Juan Droguett
            Data da  defesa: 30/06/2005
          Resumo: Fotogramas  para um Documentário Antropológico tratam da imagem capturada pela fotografia, do processo de armazenagem  e do movimento produzidos pela sequência do fotograma para sua difusão.  Centra-se no gênero Documentário  do cinema, na parte técnica da montagem, mas, sobretudo na intenção  comunicativa de transmitir conhecimento sobre a realidade do passado representada pelos meios. Opera um recorte histórico-antropológico para  mostrar aspectos da cultura indígena dos Tupinambás, grandes  precursores da identidade brasileira do litoral, lugar de encontro dos  europeus com os primeiros habitantes do Brasil. Traz como resultado a  produção de um roteiro intitulado Tupinambá para justificar a apropriação teórica projetada à nossa prática profissional na área.
          Palavras-chave: Documentário. Cultura Midiática. Audiovisual. Fotografia. Cultura  Tupinambá.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Forma,  Imagem e Corpo.
        
        
          
          Autor(a): Expedito de Campos
            Orientador(a): Solange Wajnman
            Data da  defesa: 30/06/2005
          Resumo: Com  o avanço das tecnologias da informação e da comunicação, dando ênfase  ao computador conectado à Internet, tornou-se possível a instauração de  novas formas de comunicação e de relacionamento entre pessoas e  instituições. Neste novo meio, agora informatizado, as categorias de  tempo e espaço estão constantemente sendo redimensionadas. Surgem  assim, novos ambientes virtuais onde as pessoas têm a possibilidade de  ser, ao mesmo tempo, autores e co-autores de produções individuais e  coletivas, independentemente de onde estejam. Neste novo ambiente,  novas realidades estão sendo formadas, onde pessoas criam, produzem e  interferem na forma e nos conteúdos das informações e dos conhecimentos  disponibilizados, fazendo com que as figuras do novo espectador passivo  ou simples consumidor de informações deixem de existir ou se tornem  relativizadas. Nesta perspectiva, podemos dizer que estão dadas as  condições para realização da interatividade, compreendida como uma  forma de comunicação bidirecional que implica participação e  intervenção do sujeito na mensagem. Muitos são os ambientes que  disponibilizam condições para a realização da interatividade. Um desses  ambientes é a AIITV (www.alltv.com.br), a primeira TV criada  exclusivamente para a Internet e que oferece ao internauta um espaço  onde ele pode interagir com a emissora. Por este motivo, objetivamos  analisar o conceito de interatividade com base na experiência da AIITV,  buscando perceber até que ponto ele se concretiza, materializando  aquilo que os teóricos da área definem como sendo interatividade. Da  parte dos usuários da AIITV, como também dos integrantes da chamada  “geração digital”, está cada vez mais explícito que não aceitam mais a  forma tradicional de comunicação, pois compõem um coletivo desejoso de  ser sujeito atuante no processo de construção do conhecimento, não  aceitando mais, portanto, a condição de espectadores passivos.
          Palavras-chave: Internet. Televisão. Interatividade. Tecnologia.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Moda, Comunicação e Cultura.
        
        
          
          Autor(a): Diogo Julien Miranda
            Orientador(a): Maria Bernadette Cunha de Lyra
            Data da  defesa: 05/08/2005
          Resumo: Este  trabalho realiza um estudo das formas e modulações do personagem Zé do  Caixão no universo midiático, primeiramente através do cinema e, em  seguida, através da TV, da publicidade, do rádio, das histórias em  quadrinhos, do teatro e das demais formas que o personagem adquiriu, ao  longo de mais de quarenta anos de existência, para verificar seu  caráter midiático. Iniciamos esta pesquisa com as definições sobre a  materialidade na comunicação e de que forma este pensamento aplica-se  aos trabalhos com o personagem Zé do Caixão. Em seguida, partimos para  uma contextualização histórica, que teria propiciado o surgimento do  personagem, e uma breve biografia de seu criador, desde suas origens  até sua consolidação como cineasta independente.
            Como se trata de  uma pesquisa dentro do universo midiático, realizamos  estudos  comparativos e análises técnicas dos principais programas de TV,  revistas, jornais e filmes cinematográficos com o personagem Zé do  Caixão e seu criador, sempre privilegiando forma e estrutura,  enquadrando todo este material como uma materialização dos novos  estudos da comunicação moderna.
            Para ilustrar nosso pensamento, diversas imagens de filmes e programas,  fotografias e exemplares de revistas são utilizados como material de  apoio e consulta interagindo com o texto principal.
            Quanto aos resultados obtidos, percebemos que a principal  característica do personagem Zé do Caixão é mesmo sua essência  midiática. Nascido nas telas de cinema, transitou pela televisão,  rádio, revistas e histórias em quadrinhos com a mesma desenvoltura,  carisma e sucesso. Também concluímos que o fenômeno midiático da obra  de Mojica fica mais impressionante ainda se pensarmos que, apesar de  nascido no cinema, apenas os dois primeiros filmes de Zé do Caixão  podem ser considerados autenticamente sobre a personagem. À meia-noite levarei  sua alma (1964) e Esta noite  encarnarei no teu cadáver (1967). Estes, realmente contam a história do coveiro Josefel Zanatas,  têm uma sequência lógica e sedimentam sua imagem como anti-herói e  vilão do cinema brasileiro. A partir de então, nunca mais Zé do Caixão  foi o centro de suas histórias, assumindo uma posição de catalizador  para todo tipo de idéia de Mojica e seus colaboradores.
          Palavras-chave: Filme Brasileiro. Imaginário  Sócio-Cultura. Horror.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Forma Imagem e Corpo.
        
        
          
          Autor(a): João Carlos Rocha
            Orientador(a): Maria Bernadette Cunha de Lyra
            Data da  defesa: 25/08/2005
          Resumo: Neste  trabalho estudamos a configuração audiovisual das séries televisivas –  Star Trek (Jornada nas Estrelas) e Star Trek The Next Generation  (Jornada nas Estrelas a Nova Geração) – com a finalidade de selecionar  e analisar seus elementos imagéticos, audiovisuais e técnicos, para  detectar as formas míticas que espelham valores da cultura ocidental,  situando, assim, este produto audiovisual no contexto de suas fontes  produtivas.
            Analisamos, também, a presença de formas míticas greco-romanas e do  mundo clássico nas séries televisivas Star  Trek Jornada nas Estrelas e Star Trek The Next Generation – Jornada nas  Estrelas a Nova Geração.
            A presença de várias figuras do mundo clássico pode revelar três condições  de interesse nesse estudo:  a primeira delas refere-se à presença em nosso cotidiano de personagens midiáticos  que foram construídos com características de deuses e outros  personagens do universo greco-romano que, por sua vez, refletem  características de nosso inconsciente coletivo;  a segunda delas refere-se a uma intenção implícita de “validar”, segundo a  tradição ocidental, a criação de personagens midiáticos, com um certo  “estofo” e identificação que nos remete a uma identificação subliminar;  a terceira delas refere-se a uma visão idealizada que talvez  os norte-americanos tenham de si próprios ou ainda a visão que eles  gostariam que o mundo tivesse deles. 
           Palavras-chave: Stra Trek, Séries Televisivas, Mitologia, Cultura  das Mídias.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Forma Imagem e Corpo.
        
        
          
          Autor(a): Fernando Augusto Carvalho Dineli da Costa
            Orientador(a): Solange Wajnman
            Data da  defesa: 25/08/2005
          Resumo: Esta  dissertação tem o propósito de gerar um primeiro entendimento acadêmico  sobre Cartões Postais Publicitários como mídia em São Paulo. Para isso,  buscamos delimitar, a partir do ponto de vista dos produtores, qual é o  seu formato e quais são suas características. Os Cartões Postais  Publicitários são uma mídia impressa, de conteúdo imagético e/ ou  textual e, em quase sua totalidade, publicitário. Eles são distribuídos  gratuitamente em displays que podem ser encontrados em locais  normalmente ligados a entretenimento como bares, restaurantes, museus,  entre outros.
            Para chegar a esse entendimento, foram propostos dois  objetivos de análise: primeiramente, entender a configuração dos  Cartões Postais Publicitários como mídia a partir de seu formato, com  base no ponto de vista dos produtores, mapeando suas características e  tendo como palco a cidade de São Paulo; posteriormente, traçar um breve  panorama histórico, definir as características predominantes ou  diferenciadoras e tentar entender um meio de comunicação de conteúdo  exclusivamente publicitário.
            Elegemos como metodologia a proposta de Bardin (2000). A coleta de  dados foi realizada a partir das teorias de Sâmara & Barros (1994).  Como resultado, formulamos as seguintes categorias: institucional,  publicidade de obtenção espontânea (distribuição gratuita),  possibilidade de postagem, colecionáveis, torpedos, multiplicadores de  impacto.
            O tratamento dos resultados e a interpretação foram realizados,  partindo das características/hipóteses e aplicando às mesmas as teorias  das “ Materialidades da Comunicação”, de Gumbrecht (1998). Foram  obtidos os seguintes resultados: dentre as características/hipóteses  traçadas, apenas a “obtenção espontânea” era realmente parte do formato  e uma característica da mídia; a característica/hipótese funcional foi  descartada; “multiplicadores de impacto” deixaram de ser parte da  configuração e a característica/hipótese funcional passou a ser vista  como efeito; “torpedos”, “possibilidade de postagem” e “colecionáveis”  passaram a ser definidos como usos da mídia; o nome proposto para mídia  foi questionado, gerando as seguintes opções: Cartões Postais  Publicitários Grátis ou Cartões Publicitários Grátis.
            Nas considerações finais, realizamos uma discussão a partir de  reflexões de Jean Baudrillard (1996), questionando se o cenário  contemporâneo corroborou para a existência dessa nova mídia - discussão  essa que nos levou a uma conclusão afirmativa.
            Ao final da dissertação, em notas complementares, foi realizada uma  breve análise retomando as características/hipóteses formuladas, dessa  vez, com base nos conceitos de Dialogismo e Monologismo apresentados  por Stam (2000), visando ampliar as possibilidades da discussão sobre a  mídia.
            A dissertação foi composta com a seguinte  estrutura:
            Capítulo 1− Mas afinal o que são Cartões Postais  Publicitários?:
            entendimento histórico internacional e nacional, e  uma iniciativa de registro formal sobre a mídia.
            Capítulo 2 − Cartões Postais Publicitários, sua configuração: descrição detalhada  dos Cartões Postais Publicitários, seu processo comercial, sua herança  cultural. Neste capítulo, definimos as características/hipóteses e  realizamos teste inicial contra um caso de mercado.
            Capítulo 3 − As “Materialidades da Comunicação” e os Cartões Postais  Publicitários: explanação da teoria e teste das hipóteses, em uma  abordagem teórico-científica, para obtenção de respostas aos objetivos  propostos.
            Considerações  finais: ampla discussão sobre a  ocorrência dos Cartões Postais Publicitários como mídia; e 
            Notas  Complementares: análise  relativa ao conteúdo da mídia, quase exclusivamente publicitário.
          Palavras-chave: Cartões Grátis. Cartões Postais Publicitários. Cartões.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Moda, Comunicação e Cultura.
        
        
          
          Autor(a): Vanessa de Lima Licori
            Orientador(a): Anna Maria Balogh
            Data da  defesa: 26/08/2005
          Resumo: A  mídia exerce um importante papel na atividade turística, pois, através  do merchandising, influencia na decisão dos visitantes quanto a escolha  de uma destinação para passar os seus momentos de lazer.
            A novela  em questão, exibida entre 26 de janeiro e 27 de agosto de 2004, mostrou  as belezas do Maranhão, despertando no imaginário dos telespectadores a  vontade de conhecer o cenário paradisíaco onde Preta e Paco  (protagonistas vivenciados por Thaís Araújo e Reinaldo Gianecchini)  viveram momentos amorosos nas areias do “Parque dos Lençóis  Maranhenses”. O local constituiu um dos principais atrativos turísticos  do estado, despertando, assim, o desejo dos futuros viajantes. A  televisão — por sua riqueza de recursos expressivos e por sua própria  trama dramatúrgica — é dotada de alto poder de persuasão,  imprescindível para o sucesso do merchandising turístico. Todos esses  elementos e suas relações são objetos de análise nesta dissertação.
            Cabe lembrar que as telenovelas visam não apenas o espectador  brasileiro, mas também o estrangeiro com o incremento cada vez maior  das exportações do formato. A pesquisa demonstra que os investimentos  do governo do Maranhão no merchandising de suas belezas turísticas,  presente  na trama bem realizada de “Da Cor do Pecado”, foram rentáveis  , pois  serviram de fomento ao turismo.
            Nosso referencial teórico é construído em dois pilares: marketing e  Telenovela. Assim, na área de marketing nos alicerçamos em Christian  Nielsen, quando focamos turismo e mídia; Philip Kotler, quando tratamos  de marketing; Marcos Pereira, Gil Nuno Vaz e Keila Cristina Nicolau  Mota, quando tratamos de marketing e cidades turísticas; Antonio Costa  e Edison Talarico, quando tratamos de marketing promocional. Na área da  ficção seriada, utilizamos vários autores e textos: entre eles, Ismael  Fernandes, sobre a memória da telenovela brasileira; Renato Ortiz,  Sílvia Borelli e José Mário Ramos, sobre a história e produção da  telenovela; Maria Lourdes Motter, sobre ficção e realidade; Michèle e  Arman Mattelart, sobre a ficção na TV; Heloisa Buarque de Almeida,  sobre a telenovela como produto de consumo; Anna Maria Balogh, sobre a  análise do discurso da ficção brasileira, entre outros autores.
          Palavras-chave: Telenovelas. Maranhão. Turismo. Merchandising.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Cultura e Memória.
        
        
          
          Autor(a): Ludovico Miguel Adami
            Orientador(a): Solange Wajnman
            Data da  defesa: 26/08/2005
          Resumo: A  importância desta pesquisa se mostra principalmente na constatação de  que atualmente os meios de comunicação estão tecnologicamente em  transformação, principalmente aqueles relacionados à digitalização das  informações e a elementos publicitários que desenvolvam uma nova  configuração de funcionamento e utilização de seus valores; porém  o  mais importante é que esta transformação se dá  também em nível de  conteúdo, da criação à veiculação; daí a justificativa de pesquisas que  tratem deste novo meio, a Mídia Exterior.
            Nossa pesquisa parte de  questionamentos, quando analisamos a Mídia Exterior: (1) Qual a  importância desta nova mídia no mercado publicitário brasileiro? (2)  Este novo meio está criando realmente uma nova cultura no contexto da  criação e veiculação publicitária? Tentando responder a estas questões  elaboramos como hipóteses que o meio de comunicação Mídia Exterior pode  realmente refletir um novo panorama midiático, com uma nova  configuração dos meios tradicionais de comunicação, como TV, Rádio,  Jornal e Revista; estes, adequando-se a uma nova realidade no parque  midiático nacional. 
            Nesse sentido, buscamos fazer evoluir pesquisas que focalizem a questão  da real importância e a capacidade comunicativa deste meio. Nosso  estudo foi então fundamentado em pressupostos teóricos, considerando,  entre outros autores, Jesús Martin-Barbero, Lúcia Santaella, Stuart  Hall, Raymond Williams, Nestor Garcia Canclini, e profissionais do  mercado publicitário, com maior atenção àqueles cujas reflexões giram  em torno da elaboração do crescimento, das tendências midiáticas e da  influência cultural da Mídia Exterior no panorama publicitário  brasileiro. 
            Estruturamos a dissertação em três capítulos. No primeiro, focamos a  configuração histórica dos meios de comunicação, como se popularizaram  e sua força evolutiva; demonstramos a fragmentação das audiências  através das intervenções tecnológicas, principalmente a implementação  do sistema digital em transmissões eletrônicas, iniciando a análise de  um novo modelo de planejamentos estratégicos na publicidade,  contemplando a Mídia Exterior como reflexo disso. No segundo capítulo,  demonstramos o contexto da mídia exterior no mercado publicitário,  quanto representou e quanto representa financeiramente na publicidade,  o que é e como é formatada, seu funcionamento e suas tendências como  meio; explanamos seu aspecto enquanto forma de integração urbana nas  grandes cidades onde funcionam e são expostas como veiculações de  propaganda, propondo alternativas no que diz respeito à poluição  visual; quantificamos os vários meios de comunicação no panorama  publicitário e elaboramos um estudo de caso com a campanha publicitária  do banco Itaú. No terceiro capítulo, tratamos das relações da Mídia  Exterior na cultura midiática: sua influência na sociedade, onde atua  ininterruptamente, revelando novos signos no contexto publicitário.
          Palavras-chave: Mídia Exterior. Publicidade. Comunicação. Mercado  Publicitária.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Configuração de  Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
        
        
          
          Autor(a): Evelise Pascuotti Coutrim
            Orientador(a): Anna Maria Balogh
            Data da  defesa: 29/09/2005
          Resumo: A  análise proposta nesta pesquisa visa um entendimento do cenário da  fatalidade presente no texto escrito e no texto adaptado para TV de Os Maias,  obra-prima de Eça de Queiroz, desvelando as transgressões - referentes  ao adultério, suicídio e incesto – num reconhecido processo cíclico.
            A pesquisa envolveu consultas a vários estudos, críticas e comentários,  entre outros referenciais, para se alcançar êxito no enfrentamento de  questões basilares a respeito da obra e também dos propósitos do  versado autor, o qual apresenta a narrativa envolta em significações  pretensiosas à espera de um olhar atento.
            A pesquisa valeu-se de pequenos recortes vindos da obra literária, que  se mostraram suficientes para enriquecer a compreensão da minissérie.  Posto à prova por um público carente das sutilezas próprias do universo  queiroziano, o romance resistiu e triunfou como verdadeiro espetáculo,  em cenas de rara beleza artística advinda deste trabalho primoroso da  televisão brasileira.
            Quanto aos resultados obtidos, consideramos que a minissérie Os Maias,  chamou a atenção ao enfatizar temas sedutores como incesto, adultério e  suicídio. O adultério aparece como única violação, mencionada neste  trabalho, que se encontrava tipificada como ‘crime’ em nosso Código  Penal e que se quedou, porém, ao comportamento e aos valores da  sociedade brasileira nos tempos recentes, ultrapassando o dispositivo  legal e tornando-se, por fim, obsoleta. Este fato confirma a  possibilidade de a moral vir a construir outras normas de conduta,  conduzindo a uma nova ótica da lei a seu respeito, resultando na sua  discriminalização.
          Palavras-chave: Fatalidade. Transgressões. Adaptação Televisiva.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação,  Cultura e Memória.
        
        
          
          Autor(a): Daniela Pereira Tincani
            Orientador(a): Antonio Adami
            Data da  defesa: 30/09/2005
          Resumo: A dissertação PRA-7: “A estação do coração de São Paulo”   resgata a  história da sexta emissora de rádio do país a conseguir licença de  funcionamento. Este estudo verifica, também, a relação entre a Rádio  Club de Ribeirão Preto e a cultura local.
            Para isto, o estudo  começa por caracterizar a região sob os pontos de vista político,  econômico e sócio-cultural, dentro do período de 1870 a 1930, que  antecedeu a fundação da PRA-7. Este período foi de grande importância  para o desenvolvimento da região estudada, principalmente, em função da  cultura cafeeira. Além da região, são descritos os principais  acontecimentos no Brasil, com a finalidade de se fazer uma correlação  entre a situação regional e a nacional.
            Após caracterizar o contexto histórico em que nasceu a emissora,  apresentam-se quatro principais fatores que tornam a rádio PRA-7 uma  pioneira em diversos ramos da radiotransmissão. 
            Realizada a contextualização e a descrição das principais ações da  emissora, a dissertação apresenta a correlação entre a PRA-7 e a  cultura regional, em que se descreve a história da cultura no Brasil e  aborda-se a questão local.
            O estudo conclui que, no estudo de caso realizado, a emissora é local  nas dimensões de proximidade, singularidade, diversidade e  familiaridade. Por esta razão, transmitia programas que representavam  as raízes da cidade e participava ativamente das ações comunitárias de  Ribeirão Preto; mas, por outro lado, seguia, também, os paradigmas das  emissoras de São Paulo e Rio de Janeiro, até porque a cidade de  Ribeirão Preto era peculiar em suas raízes, ao ser urbana e  cosmopolita, seguindo, portanto,  tendências das grandes cidades como  Paris, São Paulo e Rio de Janeiro.
          Palavras-chave: Comunicação. Rádio. Rádio em Ribeirão Preto.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Cultura e Memória.
        
        
          
          Autor(a): Sérgio Bairrada das Neves
            Orientador(a): Barbara Heller
            Data da  defesa: 27/10/2005
          Resumo: O estudo apresentado tem por objetivo examinar as estratégias de comunicação  adotadas pela revista Mais Feliz,  lançada pela Editora Símbolo em novembro de 2002, para conquistar  leitoras em potencial e conservar a fidelidade dos leitores das classes  sócioeconômicas média e inferiores. Notou-se que, em uma publicação de  caráter comercial como a Mais Feliz, os aspectos  mercadológicos são os mais importantes e a dependência dos  investimentos gerados pela comercialização de espaços publicitários são  fundamentais para a sobrevivência operacional deste tipo de publicação.  Para se atingir os objetivos desta investigação, foram aplicados os  conceitos teóricos de Mikhail Bakhtin, no campo da linguística; de  Nestor Garcia Canclini, no campo da antropologia - baseados em estudos  culturais na América Latina e México; e também os estudos de Jesus  Martin-Barbero, no campo das ciências da comunicação. Para entender e  aprofundar melhor no objeto, também foi necessário mergulhar em  conceitos da administração mercadológica, principalmente nos de Raimar  Richard - conhecedor da cultura mercadológica praticada no Brasil. O  gênero de revista popular e comercial dirigida para as classes média e  inferiores ainda é novo no Brasil: começou de maneira mais séria e  consistente, em 1996, no auge do Plano Real, que trouxe uma  estabilidade econômica que há muito tempo não existia. Para alcançar os  seus objetivos, as editoras de publicações periódicas, além de uma  sólida e competente estrutura administrativa, precisam ter a capacidade  de cumprir um papel de mediação equilibrada e harmoniosa entre dois  públicos de naturezas totalmente diferentes: as leitoras e os  anunciantes. As leitoras da revista Mais Feliz buscam, em uma  publicação periódica de preço acessível ao seu poder de compra,  informações atuais sobre diversos assuntos relacionados ao seu  cotidiano e mais: entretenimento e prestação de serviços. Os  anunciantes, por sua vez, orientados muitas vezes por suas agências de  propaganda, são empresas que buscam maneiras de se tornarem conhecidas  por seu consumidor potencial e, para isto, precisam de meios que  permitam propiciar visibilidade para as suas marcas comerciais e fazer  com que elas sejam sempre lembradas na hora da compra de algum produto  ou serviço. Ao examinar as estratégias utilizadas pela revista Mais Feliz,  observa-se que elas estão levando a uma hiper-segmentação mercadológica  da população, o que leva a corroborar com os argumentos de Nestor  Garcia Canclini sobre a interferência do consumo privado de bens e dos  meios de comunicação de massa na representação  simbólica da cidadania  e nas identidades culturais do nosso tempo.
          Palavras-chave: Meios de Comunicação. Propaganda. Cultura de Massa.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos  Sociais.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Forma, imagem e corpo.
        
        
          
          Autor(a): Pedro Luiz Ghedini Vlcov
            Orientador(a): Carla Reis Longhi
            Data da  defesa: 10/11/2005
          Resumo: Este  trabalho visou estudar a interferência da Comunicação Digital na  Comunidade de São Gabriel da Cachoeira – AM, na Região do Alto Rio  Negro, através de análise dos resultados obtidos na implementação de um  projeto comunitário transdisciplinar, denominado Projeto Telemar  Educação, focado no uso da Internet como meio de inserção em uma  comunidade virtual de aprendizagem, buscando identificar se ainda assim  é possível preservar a identidade cultural indígena local.
            Quanto à  metodologia de pesquisa, o trabalho insere-se na categoria  analítico-descritiva, segundo Bogdan e Bikle, tendo o ambiente natural  como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal  instrumento. Os problemas são estudados no local onde ocorrem, sendo  predominantemente descritivos, sem qualquer manipulação intencional do  pesquisador, cuja preocupação é maior com o processo do que com o  produto. Os dados são obtidos a partir da análise dos relatórios  preenchidos, de dossiês anuais de publicações feitas na Internet e por  outros registros escritos, tentando captar a perspectiva dos  participantes indígenas.
            A fundamentação teórica para este trabalho científico, baseia-se,  principalmente, na leitura de Jesus Martin Barbero e Nestor Garcia  Canclini, entre outros autores. Embasamo-nos em Stuart Hall, no exame  da questão da identidade cultural, globalização e contratendências da  globalização; em J. L. Santos, para definição da cultura; em R. A.  Ulmann, na questão dos sentidos da cultura; em Hans Ulrich Gumbrecht na  teoria materialista da comunicação; em Daniel Munduruku, sobre as  questões indígenas e para obtenção de sentido ao adentrarmos na  verdadeira maneira de pensar destes povos; em Eliana Potiguer, a  respeito da identidade cultural sob a ótica indígena; em Pierre Lévy,  nas tecnologias da inteligência; em Edgar Morín, nos sete saberes; em  Philippe Perrenoud, nas competências para ensinar.
            Concluímos que é possível uma comunidade indígena preservar sua  identidade cultural estando inserida em um universo digital, sendo  participante do mundo globalizado. Porém, essa preservação dependerá  muito da forma como essa comunidade for introduzida nesse universo  digital, do espaço que irá encontrar para fazer com que sua voz seja  ouvida e de como participará do mundo globalizado.
          Palavras-chave: Inclusão Digital Indígena. Comunicação Digital.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Cultura midiática e grupos  sociais.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Política, mídia e cultura.
        
        
          
          Autor(a): Gláucia Jacuk Herman
            Orientador(a): Antonio Adami
            Data da  defesa: 17/11/2005
          Resumo: “É  possível adaptar um romance histórico para a TV, considerando os  elementos de mercado e, portanto, de produção, sem perder a seiva do  texto original ou de partida? Como foram resolvidas as questões de  ruptura de linguagem durante o processo de adaptação?” Estes foram os  problemas detectados para esta pesquisa e consideramos como hipótese  que ─ por tratar-se de duas obras em suportes distintos, literário e  audiovisual - as conjunções e disjunções entre as duas são pertinentes  ao processo de transmutação intertextual, resultando simultaneamente em  autonomia e cumplicidade.
            Ao observarmos a constância das  adaptações literárias tanto para a TV quanto para o cinema, na cultura  brasileira, justificamos a importância de estudos que abordem o  fenômeno.
            Utilizamos como metodologia a análise narrativa e  midiática do romance e da minissérie A  Casa das Sete Mulheres, com um estudo detalhado das características de cada  uma das obras.
            Nosso embasamento teórico constitui-se de textos de estudiosos como  Anna Maria Balogh, Antonio Adami, José Luiz Noriega, Tânia Pellegrini,  Hélio Guimarães, Flávio Aguiar, Marcel Martim, Victor Manuel da Silva,  Antonio Cândido entre outros.
            Quanto aos resultados obtidos, consideramos que o produto final de toda  adaptação ou tradução intertextual de uma obra literária, para outro  suporte, aponta para a visão que o diretor tem do texto transmutado.  Trata-se da concretização de sua leitura pessoal.
            Consideramos, também, que cada leitor cria suas próprias imagens, sem  custos de produção e sem limites de realidade ou ficção, enquanto a  transformação do texto escrito em texto audiovisual pressupõe várias  escolhas, decisões, alterações, acréscimos, cortes. A linguagem  literária constitui-se de formas abstratas, enquanto a linguagem  audiovisual deve recorrer a equivalentes expressivos que retratem a  visão do diretor do universo literário, impossibilitando-o, portanto,  de abarcar a multiplicidade de significação intrínseca ao texto escrito.
          Palavras-chave: Adaptação Literária. Minissérie Televisiva.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Cultura e Memória.
        
        
          
          Autor(a): Patrícia Moraes Ribeiro
            Orientador(a): Antonio Adami
            Data da  defesa: 21/11/2005
          Resumo: Como  acontece o sexo virtual ou o relacionamento com o outro? Será que,  neste ambiente virtual, as máscaras cibernéticas são colocadas a cada  conexão e a cada nickname ou, de fato, retiradas? Este trabalho aborda  a comunicação na mídia Internet, a partir do tema do sexo e da  sexualidade. De modo específico, procura discutir a relação entre  comunicação, sexualidade, mídia on-line, encontros e tecnologia como  extensão do homem. A presença do sexo nessa mídia ainda é polêmica,  pois as novas tecnologias oferecem ferramentas cada vez mais poderosas  para concretizar esse entrelaçamento comunicacional. A busca do prazer  on-line faz parte do cotidiano de grande parcela da população mundial e  vem transformando a sociedade como um todo: pode-se afirmar que vivemos  hoje uma nova modalidade sexual - o sexo virtual - propiciada pelo  computador, que acelera os contatos em geral.
            Hoje, 20 milhões de  usuários do mundo conectam-se à rede em busca de sexo, em busca de  alguém para um relacionamento, o que pode indicar amplas mudanças de  hábitos sócio-culturais. O que leva homens e mulheres das mais variadas  idades a buscar o sexo virtual? Como ocorre a busca do prazer na mídia  on-line? Para Michel Foucault, a sexualidade depende, necessária e  intrinsecamente, da discursividade, da narrativa e dos enredos. O sexo  na mídia Internet, por meio dos chats, sites de encontros, mensageiros  instantâneos, blogs e e-mails seria uma forma contemporânea e  tecnológica de reconhecer essa discursividade que sempre acompanhou a  sexualidade.
            Segundo Sigmund Freud, o indivíduo busca sempre o bem estar máximo: a  felicidade. E a sociedade, com seus meios de controle, torna a  realização dos instintos inatingível. Seguindo o princípio do prazer, a  rede virtual seria responsável por criar uma atmosfera de gratificação  e bem estar que diminui as barreiras inibidoras e de influência sobre o  homem. A dimensão da rede ainda é um desafio que impressiona e  amedronta, que precisa ser estudada e não apenas encarada a partir de  teorias antigas. O desenvolvimento desse meio de informação dá-nos a  sensação de que a história se acelera. As especulações sobre a Aldeia  Global, o Ciberespaço e a sociedade atual dividem opiniões.
            Mcluhan, Pierre Lévy, Lucia Leão, Negroponte, Felline, Foucault, Ciro  Marcondes Filho, Ana Maria Nicolai, Jean Baudrillard, Raquel Paiva,  Alice Sampaio, Wilson Dizard Jr., André Lemos, André Parente, entre  outros, são alguns dos pensadores que serviram de referência neste  trabalho e como teóricos embasadores desta pesquisa. Edgar Morin,  Michel Maffesoli, Juan Luis Cebrian, Josep Straubhaar, Robert LaRose,  Guilles Lipovetsk e outros também têm considerados alguns de seus  conceitos, nesse diálogo da “dialética do ciberespaço”, construída  pelas teorias de diversos pensadores como Lévy, Negraponte, Lucia Leão,  dentre outros. Mas também encontramos na literatura outros pensadores  de prestígio que discutem o comportamento humano em geral. Clássicos ou  modernos, a intenção é pulsar a análise e o diálogo entre eles.  Foucault, Jean Baudrillard, Sagan, Freud, Lacan, Jung, entre outros,  fazem parte desse discurso. Recorreu-se a várias ferramentas da  Internet: as salas de bate papo, ou chats, voltadas para o sexo, sites  de encontros, o correio eletrônico, os Blogs, sites que tratam de  sexualidade e e-mails que circulam na rede.
            Outro recurso de grande importância para o desenvolvimento e  localização do objeto de pesquisa foi o endereço eletrônico. Para isso  foi necessário o desenvolvimento de um website,  <http://www.sexonarede.com.br>, que esteve no ar de janeiro de  2004 a janeiro de 2005, disponibilizando a pesquisa elaborada com 66  questões. O total de respondentes, durante esse período, foi de 1.060  pessoas: 842 homens e 217 mulheres.
            Um fato interessante que concluímos com esta pesquisa é que as pessoas  com nicks femininos, ou mulheres de verdade, são mais assediadas que os  homens. Elas não precisam nem sequer entrar e se manifestar para o  diálogo, pois de imediato são bombardeadas por diversos convites de  conversa dos mais variados tipos. Outro fator que foi visível são os  nicks usados por mulheres: estes são menos apelativos do que os usados  por homens. 
            Outro fato marcante encontrado na pesquisa é que, nestas salas,  encontramos todo tipo de gente que, protegidas pelo anonimato,  comportam-se livremente, inclusive assumindo outras personalidades,  assumindo um “baile de máscaras”.
            Finalmente, concluímos que uma nova cultura está se construindo a cada  instante em que mensagens são trocadas, em tempo real ou não: a  cibercultura, que se situa, apenas cronologicamente, após a cultura de  massa e a cultura midiática.
          Palavras-chave: Comunicação. Internet. Sexo Virtual. Sex.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Cultura e Memória.
        
        
          
          Autor(a): Fábio Lima Freire
            Orientador(a): Antonio Adami
            Data da  defesa: 21/12/2005
          Resumo: O presente trabalho tem como pressuposto a análise da formação do  complexo jornalístico em São Paulo no século XIX e nas duas primeiras  décadas do século XX, quando surgem duas importantes revistas  paulistas: O Pirralho e Klaxon. Eram anos  de grande agitação e transformação da cidade de São Paulo. Assim, esses  periódicos refletem a sociedade da época e o público que as lia  naqueles tempos: “os anos loucos”. O trabalho analisa a formação e  conteúdo destas duas revistas, estabelecendo hipóteses da razão de seu  surgimento e de suas possíveis trocas de idéias com vanguardas  internacionais.
            Nossa metodologia de pesquisa está focada em um estudo de caso. Nosso  referencial teórico foi Nélson Werneck Sodré, tratando da História da  Imprensa no Brasil; Cândido Malta Campos, tratando da evolução  urbanística de São Paulo; Heloísa Faria Cruz, tratando da evolução das  revistas paulistanas; o livro Um Homem sem  profissão, de Oswald de Andrade, tratando da evolução da cidade e de sua  história particular, que menciona como O  Pirralho nasceu; Edgard Carone, que menciona o desenvolvimento da indústria na  cidade; Franco Cenni, que menciona a imigração italiana para São Paulo,  aliás com relatos emocionantes; Márcia Camargos, que menciona o  intrépido Freitas Valle, Senhor dos Salões da Villa Kyrial; Carla Reis  Longhi, que comenta a vida da cidade, dos bairros e dos  estabelecimentos comerciais, fazendo parecer que estamos ali à espera  do que irá acontecer; Okky de Souza, falando sobre os 450 anos da  cidade, que menciona os costumes e mudanças que São Paulo sofre ao  longo de sua história; Helena Carvalho de Lorenzo e Wilma Peres da  Costa, que organizaram diversos artigos sobre a trama de histórias que  construíram nosso país na década de 20; Sylvio Floreal, comentarista da  noite paulistana, observador esquecido pelo tempo, que menciona com  seus relatos a vida do submundo paulistano. A evolução do jornalismo na  América latina e, particularmente, no Brasil, por meio dos relatos de  José Marques de Melo; a revista The journal of Decorative and  Propaganda Arts,  na qual José Mindlin nos mostra as principais revistas brasileiras do  século XIX e XX; Maria Celeste Mira, que menciona a trajetória das  revistas em diversas décadas; Márcia Padilha, que menciona o  desenvolvimento da propaganda na cidade nos anos 20.
            Realizamos pesquisas em diversas bibliotecas e instituições de São  Paulo: entre elas, a Biblioteca da Universidade Paulista (UNIP), a  Biblioteca Mário de Andrade, a Biblioteca da Pontifícia Universidade  Católica de São Paulo, Bibliotecas da Escola de Comunicação e Artes e  da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, Editora  Abril e Sebos de São Paulo. A partir dessas pesquisas, pudemos definir  e fazer evoluir o corpo desta dissertação com quatro capítulos:
            1. A cidade e as revistas: a cidade se expande e a  imprensa se estabelece.
            2. As revistas e as primeiras ilustrações.
            3. O boom das revistas no século XX.
            4. O Pirralho e Klaxon.
            Como conclusão dessa pesquisa, pudemos perceber que, para o  aparecimento e aprimoramento dessas primeiras revistas, do século XIX e  XX, precisamos de décadas de esforço intelectual e técnico.
            A partir da década de 10, nascem as primeiras revistas anunciando um  novo século cheio de novidades, como a propaganda que saiu dos pequenos  impressos e que foi se alojar nos tetos de prédios, pintada nas telhas,  anunciando chocolates “Falchi” e remédios. Essas propagandas pintadas  são os primeiros outdoors.
            Foi a propaganda que percebeu que o meio mais fácil  de atingir seus consumidores seriam as revistas. É na revista O Pirralho que se percebeu esta importante convivência e esta revista soube  explorar a maneira mais eficiente de sobreviver. O fato de anunciar e  vender os mais variados produtos salvou O Pirralho de uma vida curta, como a  maioria das revistas da época.
            Os costumes tiveram uma significativa mudança a partir do momento em  que as revistas estampavam fotos de pessoas frequentando os primeiros  cinemas, ringues de patinação, piqueniques nos parques. Esses fatores  educaram a população da cidade que crescia em São Paulo. Foi  determinante para a modernização de costumes, o fato de existir um  público ávido por novidades, que poderiam ser facilmente encontradas  pela primeira vez na revista O Pirralho.
            As pessoas poderiam saber o que acontecia de especial na cidade por  meio da leitura de uma revista que comentava fatos políticos e sociais.
            O PIRRALHO não era uma revista cultural, porém apresentava em seus  quadros importantes colaboradores como Oswald de Andrade e Marcondes  Machado. O tempo visto nas fotos da revista mostra-nos a cidade em que  nós vivemos hoje e que não se sofisticou nas últimas décadas, como  podemos imaginar. A cidade tinha uma sofisticação que só podemos  constatar observando fotos antigas; daí podermos imaginar a beleza do  que foi nosso centro. É nessa revista que observamos a formação da  classe média paulistana, a formação do gosto e seus interesses, e a  organização de uma cidade que se perde a partir da década de 20 em meio  a sua própria transformação. Nessa década, acontece uma alteração no  centro histórico, que é derrubado para a construção de prédios, apesar  de ainda conviver com ruas de terra e bosques em plena cidade. A nova  década é determinante para o amadurecimento da população que perde, aos  poucos, o costume de conviver com o final da “belle époque tropical” e  fica frente ao novo espírito moderno, “destruidor, que idolatra  máquinas, indústrias e carros velozes”. Então, surge momento certo para  o aparecimento da revista Klaxon,  direcionada a uma elite intelectual. A revista buscava o novo, o  moderno, como os novos tempos determinavam. Porém, esqueceu-se da lição  anterior deixada pela O Pirralho.
             A Klaxon veste sua roupagem modernista sem se importar com os anunciantes, fator  determinante para seu fim. Ficam, no entanto, todas as inovações  deixadas por ela e que ainda nos espantam por serem tão atuais.
          Palavras-chave: Revistas. Cidade. Vanguarda.
            Área de  Concentração: Comunicação e  Cultura Midiática.
            Linhas de  Pesquisa: Configuração de Linguagens  e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Cultura e Memória.