As Teorias de Comunicação no Surgimento do Rádio

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Comunicação

Ementa
Em meio a tantas discussões na área de Comunicação, é fundamental o estudo das teorias de comunicação nas ciências humanas, nas quais a midialogia exerce papel essencial. Ocorre que as Teorias clássicas tinham o rádio como meio principal para análises e pouco se estuda este ponto, por um lado porque o rádio ainda é um ilustre desconhecido para estudiosos de teorias de comunicação, por outro lado, porque a vertente americana das teorias também é pouco conhecida. Um campo que se destaca neste momento é o da relação entre mídia, cultura e poder, no contexto da hibridização cultural e de outra globalização possível. Estudar, portanto as teorias de comunicação hoje, além da aquisição de conhecimento sobre as diversas correntes interpretativas e teóricas e as reflexões que foram e estão sendo construídas historicamente a partir dos processos comunicacionais, particularmente a partir do rádio, é também buscar entender como ocorrem as mediações, a evolução das tecnologias de comunicação e produção cultural em uma sociedade na “era da mobilidade”. Esta evolução nos coloca hoje diante de uma questão, ou seja, em nenhum momento a mídia teve papel de tamanha relevância social e em tanta evidência, pois os grandes complexos midiáticos se veem retraídos e buscando novos espaços e funções, diante da velocidade e possibilidades comunicativas que as mídias sociais admitem, seja para a organização das grandes manifestações populares, seja para a denúncia das arbitrariedades políticas e econômicas, que priorizam e insistem no atraso social.

Bibliografia
ADAMI, Antonio. O rádio com sotaque paulista – Pauliceia Radiofônica. São Paulo: Mérito Editora, 2014.
ADAMI, Antonio. Radio y Cultura Brasileña. In: FERNÁNDEZ, César Fernández (Org.). Comunicando la Cultura y Ciencia recientes. 1.ed. Madrid: Vision Libros, 2014. 
BARROS, José Márcio (Org.) Diversidade Cultural – da proteção à promoção. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
BRANT, Leonardo (Org.) Diversidade Cultural. São Paulo: Instituto Pensarte, 2005.
BURKE, Peter. Hibridismo cultural. Vale do Rio dos Sinos-RS: Editora UNISINOS, 2008.
CANCLINI, Néstor García. Culturas Híbridas. São Paulo: EDUSP, 2006.
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura. 5.ed.   São Paulo: Paz e Terra, 1999.
FIGUEROA, Romeo. Teorias da Comunicação. México, 2013.
HOHLFELDT, Antonio et al. (Org.). Teorias da Comunicação. 10.ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
LIPOVETSKY, Gilles; SERROY, Jean. A cultura-mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
MARTÍN-BARBERO, Jésus. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. 4.ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006.
MARTINS, Moisés de Lemos. Crise no Castelo da Cultura. São Paulo: Annablume, 2011.
MELO, José Marques de. A esfinge midiática. São Paulo: Paulus, 2004.
MORAES, Denis de (Org.). Por otra globalización – los media, globalización cultural y poder. Barcelona: Icaria Editorial, 2005.
NAPOLITANO, Marcos. Cultura Brasileira – Utopia e massificação. São Paulo: Contexto, 2006.
SANTAELLA, Lúcia. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2007.
SODRÉ, Muniz. A comunicação do grotesco. Rio de Janeiro: Vozes, 1972.
VARGAS LLOSA, Mário. A civilização do espetáculo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.
VILALBA, Rodrigo. Teoria da comunicação – conceitos básicos. São Paulo: Ática, 2006.